terça-feira, 29 de março de 2011

Pai de irmãs mortas em Cunha diz que perdoa assassino das filhas











SÃO PAULO - O pai das adolescentes Josely Laurentina e Juliana Vânia de Oliveira, encontradas mortas na manhã desta segunda-feira em Cunha, no Vale do Paraíba, em São Paulo, afirmou logo após o enterro das filhas que perdoa o criminoso. José de Oliveira, que é católico, afirmou que as filhas deixarão muita saudade e que a família vai rezar para superar a perda. (Veja fotos)

- Jesus diz para perdoar, por mais que a pessoa tenha cometido uma ofensa, tem de perdoar. Só espero que quem fez isso não faça de novo com outras pessoas - disse ele.

Oliveira tinha três filhas. Agora, só resta uma: Betânia, de 17 anos, a mais velha.

Apesar de a polícia indicar um suspeito e informar que pedirá a prisão dele - o homem é um foragido da polícia que teria trabalhado como ajudante de pedreiro na casa da família, Betânia disse que sua família não tem ideia de quem cometeu o crime.

- Está nas mãos de Deus e da polícia - disse a jovem, a respeito das investigações sobre a morte das duas irmãs.

Betânia completa 18 anos amanhã.

A família tem esperança que a polícia vai descobrir o assassino.

- Elas eram muito boas. Eram alegres e divertidas. Não é fácil perder a família assim. Tem que prender, a pessoa tem de pagar - afirmou Cleber Teixeira dos Santos, de 18 anos, primo das meninas.

Moradores da cidade de Cunha pretendem fazer esta semana uma manifestação pedindo justiça, paz e segurança. O ato deve ocorrer na próxima quinta-feira, às 14h, no Alto do Cruzeiro. Os participantes devem levar flores em homenagem às irmãs.

- O promotor, o juiz, o comandante, o delegado não vivem aqui. A cidade está abandonada. Moro há 18 anos em Cunha e a violência começou de dois anos para cá - disse Dulce Maia, uma das organizadoras do ato.

O enterro no cemitério da cidade contou com muitos jovens, a maioria amigos de escola das garotas. Mais de mil pessoas participaramdo velório e do enterro.

Ana Flávia, apontada como a melhor amiga de Juliana estava aos prantos e sequer conseguia falar. As duas estudaram juntas desde a 5ª série. A irmã dela, Renata Cristina Campos, diz que a morte de Juliana deixou sua família insegura.

- A Ana Flávia pega o mesmo ônibus escolar que a Juliana pegava. Não estamos mais seguros - diz Renata.

Os corpos de Josely e Juliana tinham evidências de violência sexual. Segundo a polícia, elas foram mortas a tiros. Josely levou dois tiros, Juliana quatro.

Extra

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