"Aos 17 anos fui para Paris estudar para ser
diretora de cinema. Aos 25 comecei a estudar atuação. Aos 26 comecei a escrever
roteiros. Espero um dia me tornar diretora". Diz atriz que reside em Londres.
Do Portal BNC, Pela Assessoria de Imprensa,
Terça-feira, 02 de março de 2021 (14:50:59)
Atriz nascida em Ribeirão
Preto, cidade distante da Capital São Paulo cerca de 315 km, ganhou
na Europa vários prêmios internacionais, onde podemos citar alguns como: prêmio
de melhor atriz em comédia no Reino Unido e duas vezes o prêmio Duo de atuação
nos EUA. Esses trabalhos estão disponíveis no Amazon Prime no Reino Unido e
Estados Unidos. Infelizmente para entristecimento dos Brasileiros ainda não se
encontra disponível no País.
CLIC AQUI E CURTA NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK
Aos 17 anos, a atriz
Carolline Salomão viajou a Paris para estudar. Aos 25 a beldade começou a estudar
atuação, aonde se deu muito bem e aos 26 anos ela começou a escrever
roteiros.
“Eu decidi querer estar na Europa
outra vez. Morei em Paris por três anos quando tinha 17 anos. Paris é surreal
de lindo. Tem tantas coisas maravilhosas. Andar pelas ruas é como estar em um
museu ao ar livre. Depois tive uma rápida passagem por Madrid onde participei
de alguns castings com minha agência de lá. Outra cidade incrível, com
uma vibe descolada, pessoas adoráveis e cultura vibrante”. Disse e concluiu: “Em visita a Paris, encontrei um amigo de data antiga e ele me
contou ter um amigo inglês que era agente e estava na cidade naquele momento.
“Quer conhecê-lo? Informalmente?”. Topei e depois de um almoço cheio de risadas
ele acabou me oferecendo um contrato. Eu visitei Londres pela primeira vez e me
apaixonei, a cidade vibra criatividade e oportunidade”.
Leia
na íntegra a entrevista completa com essa magnífica atriz Brasileira que hoje é
radicada em Londres...
B N C – Ser atriz sempre fez parte dos
seus sonhos?
Carolline
Salomão – Na verdade, eu sempre quis trabalhar com Cinema. Minha adolescência
era eu assistindo filmes e mais filmes sozinha. Não me entenda mal, sempre fui
super sociável e de uma personalidade vibrante, mas gostava de assistir filmes sozinha.
Eles me ensinavam sobre o mundo, eles cortavam a monotonia da “vida normal”.
Então passei a escrever o nome dos meus filmes favoritos nas paredes do meu
quarto. Eu primeiro estudei direção na França. Depois, de volta ao Brasil, me
formei em Publicidade e decidi seguir por esse caminho mais seguro, em
comparação com o das artes. Porém, durante a época do Mestrado tive alguns
episódios de ansiedade, sentia que meu coração ia parar de bater, um aperto no
peito sem explicação. Fui então ver uma psicanalista, entender o que estava
acontecendo. Porém, os ataques de ansiedade não pararam. Então, foi aí que
minha iluminada mãe me sugeriu alguma terapia alternativa, porque afinal o
problema persistia. “Qual terapia?” perguntei. Ela sugeriu atuação, “afinal é
uma maneira de entrar em contato consigo mesma”. Inscrevi-me no Celia Helena
(SP), e depois de duas semanas, a dor no peito parou. Entendi que tudo era um
sinal do meu ser mais profundo para eu voltar para o caminho da criatividade.
Do cinema. Apaixonei-me por atuação.
B N C – Quantos anos você tinha quando
começou no mundo da dramaturgia?
Carolline Salomão – Aos 17 fui para Paris estudar para ser diretora de cinema. Aos 25 comecei a estudar atuação. Aos 26 comecei a escrever roteiros. Espero um dia me tornar diretora.
![]() |
Fotógrafo
do tapete vermelho |
B N C – Qual foi sua pior dificuldade
no início de tal profissão?
Carolline Salomão – Você entender que não é pessoal quando alguém te faz uma crítica ou te diz não. Mas que, ao mesmo tempo é. O que eu quero dizer é que quando você atua você não é como um advogado que usa das leis, para servir ao propósito do seu cliente ou um Técnico em Informação, que tem a linguagem de programação de sistemas entre ele e o que ele possa construir. O ator tem somente a si próprio. Seus sentimentos, sua coragem de se expor em suas qualidades e fraquezas, suas experiências de vida. Ser um bom ator significa ser capaz de construir personagens, mas sempre passando pela sua própria personalidade. Porque esse é o único jeito de ser bom, das pessoas acreditarem no personagem e isso é se expor. Saber que o amor humano não ama somente a perfeição, mas a imperfeição também, porque ela nos ensina, Nos identificamos. Nos torna mais empáticos. Então, nessa profissão há de se entender isso logo. Assim você sabe: nem sempre você vai agradar a todos, mas precisa ser leal a quem você é. Você não é o outro. Você é você. Isso é gigante, a maioria das pessoas não tem coragem de ser quem é por medo de ser julgado. A beleza da atuação é que se trata exatamente do contrário, não quer dizer que não será julgado, mas será amado, porque as pessoas irão acreditar e achar belo o verdadeiro – apesar de imperfeito.
B N C – Você se espelhou em alguém no
início de carreira?
Carolline
Salomão – Na minha mãe: ela nunca desiste. Para ela não existe desafio grande o
bastante. Ela sempre me ensinou a pensar fora da caixa. Por mim mesma. A traçar
o meu próprio caminho. A não tentar agradar aos outros, mas ser fiel a mim
mesma. Seguir meu coração e meu destino. Meu sonho. Porque segundo ela, nossa única
obrigação nesse mundo, a única coisa que Deus quer de nós é que sejamos
felizes. Quando seguirmos nossos sonhos a despeito de qualquer intempérie,
iluminaremos mais este planeta com a nossa alegria.
B N C – O que significa morar na
Europa para você?
Carolline Salomão – Significa estar conectado com o mundo. Estar onde as coisas acontecem. Eu nunca morei nos Estados Unidos - e não vou esconder minha vontade -, mas a Europa tem algo especial. Você tem um monte de países riquíssimos em cultura, arte, história e tudo tão pertinho. Estar aqui é como estar em uma encruzilhada de culturas: é especial, é enriquecedor, é para almas curiosas e abertas ao diferente.
![]() |
Still
do filme “Bond e Holmes : Antiheroinas” |
B N C – Há quanto tempo você mora na
Europa?
Carolline
Salomão – Moro aqui há quase três anos.
B N C – O que a levou morar em
Londres?
Carolline
Salomão – Foram coisas diferentes. Eu decidi estar na Europa outra vez.
Morei em Paris por três anos quando tinha 17 anos. Paris é surreal de lindo.
Tem tantas coisas maravilhosas. Andar pelas ruas é como estar em um museu ao ar
livre. Depois tive uma rápida passagem por Madrid onde participei de alguns
castings com minha agência de lá. Outra cidade incrível, com uma vibe
descolada, pessoas adoráveis e cultura vibrante. Em visita a Paris, encontrei
um amigo de data antiga e ele me contou ter um amigo inglês que era agente e
estava na cidade naquele momento. “Quer conhecê-lo? Informalmente?”. Topei e
depois de um almoço cheio de risadas ele acabou me oferecendo um contrato. Eu
visitei Londres pela primeira vez e me apaixonei, a cidade vibra criatividade e
oportunidade. Dai é história.
B N C – Houve certa diferença por
parte dos Europeus com relação a você quando chegou por lá?
Carolline
Salomão – Veja, eu não senti isso em Londres. Há algo bastante especial e
particular na capital inglesa – pelo menos até agora, veremos como será com o
Brexit finalmente instalado. Londres é extremamente cosmopolita. Em um nível
que eu nunca havia experenciado. Tem até uma piada que diz que dificilmente
você conhecerá um inglês em Londres. Sim, um pouco é exagero, mas a verdade é
que você irá conhecer gente de todas as partes do mundo. A razão disso é
porque Londres acaba sendo o coração da Europa, uma cidade que te coloca no
topo do jogo. Cara, frenética, mas cheia de esperanças.
B N C – O que significou para você
ganhar o prêmio em comédia do Reino Unido como atriz?
Carolline
Salomão – Foi algo fantástico. Aconteceu durante o lockdown no primeiro
semestre de 2020. Foi para mim um sinal que havia valido a pena os primeiros
dois anos lá. A solidão, o medo, aqueles momentos em que você perde a
esperança. Valeram a pena. Foi uma comédia, o que para mim, significa tudo.
Quando eu tinha quinze anos e não tinha a menor ideia do que queria “ser quando
crescer”, depois de uma noite com minha melhor amiga, voltei para casa e tive
uma epifania “eu gosto de fazer as pessoas rir”. Por muito tempo pensei que era
só algo que todos gostavam tanto quanto eu. Porém, no meu caso, ao longo da
minha carreira, percebi que esse é o meu destino. Que eu tenho talento para
comédia, talvez porque eu cresci com vários palhaços. Minha mãe, meu pai, meu
irmão - eles são engraçadíssimos. Sempre fazendo piada com a vida, sempre
tornando as coisas leves. Não porque não levem a vida a sério. São pessoas
batalhadoras, honestas, que não causariam mal a ninguém. Eu só consigo ver a
vida como comédia. Não se engane, comédia dramática. Sou a rainha do drama. A
cereja no bolo, é que agora esse trabalho está no Amazon Prime, infelizmente
não no Brasil ainda. Mas disponível nos Estados Unidos e no Reino Unido.
B N C – Fale um pouco sobre os prêmios
que você ganhou nos EUA como atriz:
Carolline
Salomão – Outro trabalho que também está disponível no Amazon Prime do Reino
Unido e dos Estados Unidos é o “The Magnificence of You”. Trata-se de uma
história verídica, onde interpreto a namorada do ator e diretor Joel Van der
Molen. Ganhamos dois prêmios de Melhor Duo de Atuação, ambos dos Estados
Unidos. Um do Best Actor New York e outro do Oniros Film Festival. Além de
outros onze prêmios que o filme recebeu por festivais ao redor do mundo. Foi
incrível! As pessoas acreditaram que realmente éramos um casal. Amigos vieram
me perguntar se de fato estive no relacionamento retratado no filme. Isso foi
sensacional e acho que resultou nos prêmios.
B N C – Dentre os prêmios que você
ganhou, teve algum que mais você o destacaria?
Carolline
Salomão – Acredito que o do Oniros Film Festival, o Prêmio de Melhor Duo de
Atuação. Ganhamos outros dois prêmios de Edição e Cinematografia no mesmo
festival. Foi um projeto baseado em bastante improviso, na mesma linha de Blue
Valantine (2010), foi um grande desafio. Então o reconhecimento tamanho que
tivemos nesse festival, eu destacaria.
B N C – Quem é Carolline Salomão
pessoa e Carolline Salomão atriz?
Carolline
Salomão – A Carolline atriz é determinada, pronta para ir a qualquer lugar a
qualquer hora. Adora desafios. Trabalha horas a fio porque traz paz a alma. A
Carolline pessoa é amorosa, muito conectada a família, brincalhona, curiosa,
gosta de esportes em geral e de dançar em especial como uma forma de se
expressar em silêncio.
B N C – Você sempre vem ao Brasil?
Carolline
Salomão – A cada três ou quatro meses. Família é tudo para mim.
B N C – Como quase toda profissão hoje
em dia existe um pouco de assédio, como você lida com isso?
Carolline
Salomão – Acredito que escolher uma profissão que requer exposição traz consigo
a consciência de que você não pode levar as coisas para o nível pessoal. Assim,
tenho consciência de que o assédio existirá, que algumas vezes terei de me
posicionar da melhor maneira que puder, e muitas vezes simplesmente ignorar.
B N C – Como está seu coração com
relação ao amor?
Carolline
Salomão – Meu coração está sempre aberto ao amor, aos diferentes tipos de amor,
de amizade, profissional, família, natureza. É um coração que ama intensamente
cada presente do dia. Uma paisagem. Um acontecimento. Um encontro. A VIDA!
B N C – Se você encontrasse o gênio da
lâmpada e tivesse que fazer 3 pedidos, quais seriam esses pedidos?
Carolline Salomão – Realizar meu sonho cinematográfico, ter minha família sempre ao meu lado e criar uma família incrível.
![]() |
Diretor
de fotografia Oliver Bury |
B N C – Para quem hoje você tiraria o
chapéu em todo o mundo?
Carolline
Salomão – Para minha avó. Um ser de luz que está com 90 anos e foi a pessoa que
de alguma maneira desenvolveu em mim o amor pela dramaturgia. Quando eu era
pequena adorava dormir na casa dela. Era pertinho da nossa. Sempre na hora de
dormir, ela me contava uma história Bíblica. Algo que ensinava, entretinha e
formava caráter. Vai saber, mas ela foi a única, então a “culpo” pelo meu amor
por histórias, e veja, histórias que trazem algo construtivo. Porque eu detesto
coisas que são puramente destrutivas.
B N C – E para quem não tiraria?
Carolline
Salomão – Para qualquer propagador de formas de violência.
B N C – Desde já agradecemos por sua
entrevista ao nosso portal ok? Podemos fazer um jogo rápido para finalizarmos
essa entrevista?
Carolline
Salomão – Partiu!
B N C – Uma viagem?
Carolline
Salomão – De navio, com minha mãe. Ela tinha se divorciado do meu pai já há
alguns anos e viajamos, eu, ela, meu irmão e minha avó. Era uma viagem fitness
cheia de atividades de ginástica durante o dia e discoteca durante a noite. Eu
e ela nos divertíamos de manhã nas atividades e a noite dançando juntas. Ela
não gosta muito de álcool então apenas bebia água e dançava comigo até 5h da
manhã. Melhor companheira de todas. Lembro-me de observar como ela era capaz de
conversar e se conectar com qualquer pessoa, jovem ou velho, conservador ou
alternativo. Eu era muito tímida na época e ficava prestando atenção pensando
“Será que um dia vou ser descolada assim?”.
B N C – Um momento?
Carolline
Salomão – Quando eu recebi a notícia de que havia sido escolhida para um
pequeno papel no filme Glass (EUA, 2019) do M. Night Shyamalan. Depois
conversando com ele no ‘set’ de filmagem, descobri que ele me escolheu porque
eu tornei a personagem cômica.
B N C – Um sonho?
Carolline
Salomão – Escrever, atuar e dirigir os meus filmes de comédia.
B N C – Uma virtude?
Carolline
Salomão – Sou honesta.
B N C – Um defeito?
Carolline
Salomão – Sofro antes da hora.
B N C – Amor?
Carolline
Salomão – Tudo. Sem amor a vida não vale a pena, a alma fica pequena e quando
envelhecemos enlouquecemos. Nossa, podia virar um poema!(risos).
B N C – Superstição?
Carolline
Salomão – Número 3. A vida toda eu tenho isso de ter que fazer o sinal da cruz
três vezes.
B N C – O que não pode faltar em sua
bolsa?
Carolline
Salomão – Hidratante labial.
B N C – O que fez e jamais faria
novamente?
Carolline
Salomão – Falar algo quando estamos nervosos com alguém, principalmente alguém
que amamos. Relacionamentos são frágeis e uma palavra é como uma flecha
lançada.
B N C – Um filme?
Carolline
Salomão – Cinema Paradiso. O primeiro filme que mudou minha vida.
B N C – Um livro?
Carolline
Salomão – Cem anos de solidão, Gabriel Garcia Marques.
B N C – Uma frase:
Carolline Salomão – "Pode existir mil razões para você não fazer nada, mas existe uma que vence qualquer barreira: 'o amor'".
Diretor
de Fotografia Rodrigo
Laila
Banki
Cannes Photographer
Atriz
brasileira que faz sucesso na Europa sensualiza em praia europeia (Foto: Vencislava
Nestor)
Foto:
Rodrigo Rayon
Foto:
Rodrigo Rayon
Atriz brasileira que faz sucesso na Europa sensualiza em praia europeia (Foto: (Vencislava Nestor)
Roberto Moro
Pupin
& Deleu
Nenhum comentário:
Postar um comentário