quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Procurador acusado de tentar matar a esposa será julgado 32 anos depois.


Na distante noite de 15 de abril de 1978, a advogada Maria do Carmo da Costa Carvalho saiu em passeio com marido, o procurador Luiz Fernando Dias dos Santos. Próximo à Praia de Piedade, no Grande Recife, ele parou o carro e anunciou que iria matá-la. Maria tentou fugir, mas foi impedida pelo companheiro, que a puxou pelos cabelos, colocou sua cabeça sobre a perna e atirou. A bala atingiu a fonte direita da face da vítima, atravessou a cabeça até a perna do agressor e alojou-se no interior do veículo. A violência do episódio só perde para a impunidade do caso. Trinta e dois anos depois, Luiz Fernando ainda não foi preso e irá a júri popular na próxima segunda-feira (1º), às 9h.

CULPA DA LEI - O promotor do Ministério Público André Rabelo, à frente do caso, diz que todos - defesa e acusação - agiram dentro da lei e culpa a flexibilidade da lei brasileira pelo julgamento se arrastar por várias décadas. "Existe um número ilimitado de recursos para protelar uma sentença. Bons advogados que conhecem bem a lei sabem como se utilizar dessas brechas", diz.

Fonte: JC

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