domingo, 12 de junho de 2011

‘Modelos não são mulheres perfeitas’, diz a neotop Laís Ribeiro























Os carimbos no passaporte e o número de editoriais e campanhas de Laís Ribeiro mostram o quanto a vida da modelo correu acelerada desde a última temporada de moda. Foi quando a garota de 19 anos, vinda de Miguel Alves, no Piauí, estreava na passarela para se tornar a recordista daquele verão 2011, com 27 desfiles na São Paulo Fashion Week e 26 no Fashion Rio.

“No último dia de desfiles aqui no Brasil, já fui para Nova York fazer os castings [testes de seleção de modelos]. Foi engraçado chegar lá no inverno porque eu não tinha noção de que existia um frio como aquele. Na minha cidade faz calor o tempo todo!”, diz a morena. “Eu não falava nada de inglês, não tinha nem fotos suficientes para um book."

A estreia internacional foi em uma campanha da grife jovem Rag & Bone. “Daí veio Marc Jacobs, Calvin Klein, depois os desfiles de Paris, Milão, Xangai, que foi demais! Foi tudo tão rápido...", contas Laís, que é tímida, fala baixinho, mas gesticula sem parar.

Apesar da empolgação com as andanças pelo mundo, a modelo faz ressalvas. “Em São Paulo se cumprimenta com um beijnho, no Rio são dois e lá no Piauí é logo um abração. Paris é uma cidade linda, mas não gosto de lá. As pessoas são muito frias.”

Top amigas
Em Nova York, a piauiense compensa a falta do calor humano com as amigas brasileiras. Uma delas é Adriana Lima, a top model baiana que costuma aparecer no pódio de rankings das celebridades mais sexies do mundo.

Laís conheceu Adriana no ano passado, quando fechou uma série de trabalhos com a grife de lingerie e biquínis Victoria’s Secret. “Ela me olhou e disse: ‘Oba, mais uma nordestina no nosso time!’”

O grupo das modelos brasileiras em Nova York é unido, garante Laís. “A Bruna [Tenório, alagoana], a Aline [Weber, catarinense] e a Gracie [Carvalho, paulista] me ajudaram muito quando cheguei. Com o inglês, me mostravam os mapas e como chegar às locações das fotos”, revela. “Cada uma tem seu perfil e as grifes chamam todas. A gente não se vê como concorrente, somos uma familiazinha”, define.

O mesmo não se pode dizer das colegas russas, com quem as brasileiras não cultivam muita simpatia, como conta Laís. “Ah, sou sincera e não vou negar: a gente não gosta delas. Nós, brasileiras, pensamos nos trabalho como diversão também. E elas estão sempre sérias demais ou bajulando as pessoas nos bastidores...”

Mas a rivalidade com as russas não deve preocupar Laís. A piauiense tem conquistado cada vez mais espaço, especialmente na Victoria's Secret, para quem acaba de fotografar mais um editorial de verão, em Los Angeles, nos EUA. “Foi só a primeira parte do trabalho. A outra será fotografada esta semana fora do país também. Mas vai dar tempo de chegar no último dia de SPFW para desfilar”, garante a modelo, que em maio se apresentou para 18 grifes no Fashion Rio.

Filha de uma professora de português e um funcionário público, Laís diz que só agora os pais estão "começando a aceitar essa história de ser modelo”.

G1

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