Do BOL, em São Paulo
"Tem
que ajeitar o foco", diz um preso a um colega que usava a câmera do
celular para registrar uma rebelião sangrenta no complexo presidiário de
Pedrinhas, em São Luís, no Maranhão. O resultado do registro releva
imagens de horror explícito.
Desde
os últimos dias de dezembro de 2013, o Estado passa por um uma onda de
violência promovida por grupos que operam nos centros penitenciários. Os
números mostram que 62 presos já foram mortos e uma garotinha de 6 anos, que foi vítima de queimaduras durante
um atentado a ônibus, também morreu.
O
vídeo de 2 minutos e 32 segundos, obtido com exclusividade pela Folha de
S.Paulo, tem imagens muito fortes, em que os próprios amotinados filmam em
detalhes três rivais decapitados. E se divertem exibindo os corpos ou que
restam deles.
Assista aqui ao vídeo
De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, o registro foi realizado em 17 de dezembro. Para preservar suas identidades, os presos tomam o cuidado de exibir apenas os pés.
No foco principal, um homem de chinelos pretos e bermuda branca dá passos apertados, até que no oitavo segundo da caminhada o chão verde molhado de água se transforma num piso ensopado de sangue.
Dois segundos adiante, a câmera se levanta abruptamente e mostra o saldo do motim no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pedrinhas, um bairro da zona rural da capital maranhense.
Estão lá, diante da câmera e de comentários em tom de comemoração, os corpos de Diego Michael Mendes Coelho, 21, Manoel Laércio Santos Ribeiro, 46, e Irismar Pereira, 34.
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