(Foto: Thinkstock)
Quem nunca
subiu numa balança esperando que o “peso” mostrado por ela seja o menor
possível? Frequentemente nos pesamos de olho no número que vai aparecer no
visor digital, embora ele esteja longe de ser um parâmetro confiável para
avaliar a situação da sua saúde e o sucesso do seu treino. “Perder peso”,
embora seja o que a maioria dos praticantes amadores de esporte persegue, é um
termo incorreto que minimiza algo bem mais complexo do que parece.
Mesmo o
Índice de Massa Corporal, o famoso IMC, obtido por uma fórmula que avalia
estatura e peso, pode levar a classificações incorretas. É possível apresentar
IMC baixo, por exemplo, mas com porcentagem de massa gorda considerável – e
vice-versa.
O corpo é
basicamente constituído por gordura (massa gorda), ossos e músculos (massa
magra). Quando determina o seu peso, a balança tradicional não discrimina
quanto dele é formado por massa magra e quanto se deve à massa gorda.
Consequentemente, não nos informa se o ganho ou a perda de peso são
preocupantes ou benéficos. Confira dois casos reais que ilustram a questão:
Caso 1 – Uma praticante de musculação vinha exagerando nos treinos e não
seguia orientação nutricional. Após ser reavaliada em termos de composição
corporal, percebemos que sua massa gorda aumentara 1,2kg, enquanto sua massa
magra diminuíra 1,4kg. Em outras palavras, ela até perdeu peso, mas sua
composição corporal piorou.
Caso 2 – Um homem mais velho que havia ficado sedentário por anos decidiu
adotar um programa de atividade física. Nós o avaliamos na primeira semana de
treinos e repetimos o processo após três meses . Resultado: seu peso aumentou
1,2 kg. A massa gorda, porém, havia reduzido em 900 gramas. Perplexo, este
aluno perguntou: “Como posso ter ganhado peso, se estou fazendo tudo direito?”
A explicação é simples: ele ganhou 2,1 kg de massa magra.
Os dois
casos mostram como a balança pode “mentir” para você. No primeiro caso, se
fosse o único parâmetro para acompanhar a evolução dos programas, a praticante
teria sido levada a acreditar que estava no caminho certo. E não estava. Já no
segundo, o aluno teria ficado desestimulado, achando que estava engordando por
conta dos exercícios. O que também não era verdade.
Fica então a
dica: esqueça um pouco o número registrado pela balança e faça uma análise da
sua composição corporal para saber se você está perdendo peso corretamente.
Por Renato Dutra
Fonte:
http://veja.abril.com.br/blog/saude-chegada/nutricao/sobre-as-mentiras-que-a-balanca-conta/
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