Miss Brasil 2016 teve Raíssa Santana como vencedora.
Foto: Lucas Ismael/BE Emotion/Divulgação
Camila Dias Mol
acusou o coordenador do evento de ter pedido R$ 10 mil para garantir vitória.
Do Estadão, Por Isabela Serafim - Especial para o Estado de São Paulo
Quarta-feira, 17 de janeiro de 2017
(23:24:06)
Camila Dias Mol, candidata do Miss
Sergipe 2015, e Bruno Azevedo, seu namorado, abriram uma ação contra a
organização do concurso Miss Brasil há dois anos. No processo, David Barbosa,
coordenador do evento, é acusado de ter pedido R$ 10 mil a Azevedo para pagar
as despesas das candidatas e garantir a vitória de Camila. No início de 2017, a
causa, que poderá comprometer a participação do Brasil no Miss Universo, foi
encaminhada aos Estados Unidos.
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"Não dei o dinheiro e a minha
namorada ficou em segundo lugar. Depois, conversei com os jurados e cinco (dos
seis) haviam votado em Camila e não sabiam o que tinha acontecido", afirma
Bruno Azevedo ao E+. Em seguida, junto com outras denúncias de
corrupção nas etapas estaduais do concurso, a Band cancelou o resultado e
realizou outro Miss Sergipe.
Camila Dias Mol contou que se sentiu
impotente. "Eu via muitas coisas acontecendo e sabia que não poderia fazer
nada para evitar o resultado. Fiquei muito triste quando percebi que o concurso
tinha muitas coisas erradas e injustas. Espero que a ação evite que outras
meninas passem por isso."
Camila Dias Mol. Foto: Reprodução/Facebook
O casal entrou com um processo contra
a organização do Miss Sergipe, etapa regional do Miss Brasil. Na época, a Band
era detentora dos direitos e responsável pela coordenação do concurso, então
responde a ação. Depois da polêmica, os direitos do Miss Brasil foram comprados
pela Polishop.
"Montamos uma ação conjunta com
mais dez meninas que se encorajaram depois do nosso pronunciamento. Temos 30
depoimentos com denúncias também de outras etapas regionais do concurso",
conta o namorado. "A Rede Bandeirantes se absteve e a Justiça acionou
diretamente os organizadores do Miss Brasil."
De acordo com ele, o processo chegou
até o Miss Universo, que está cogitando tirar o Brasil do concurso até que a
ação seja finalizada e todas as questões estejam esclarecidas. Carlos Daniel
Nunes Masi, advogado à frente do caso, está aguardando a devolutiva dos
responsáveis. "Enviamos uma carta à organização do Miss Universo, em Nova
York, e estamos esperando a resposta formal. Em seguida, a audiência será
marcada."
Procurada pelo E+, a Band
não se pronunciou. A Polishop declarou não ter recebido nenhum
comunicado da organização do Miss Universo.
Fonte: http://emais.estadao.com.br/noticias/moda-e-beleza,brasil-pode-ficar-fora-do-miss-universo-apos-denuncia-de-suposta-fraude,70001631810
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