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Do MSN, da redação (Isto é)
Sábado, 21 de setembro de 2019 (15:00:01)
Delisiée
Marinho, ainda era conhecida como Delisiée Teixeira, quando deixou a Globo em
2008, após cobrir a Olimpíada em Atenas, na Grécia. Em entrevista ao UOL, ela
revela que deixou a emissora para viver novas experiências e “também por outros
motivos pessoais”.
A
diretora e roteirista, que também se arrisca como atriz nas horas vagas, foi
questionada sobre os motivos pessoais, e ficou em silêncio. Após um tempo,
visivelmente emocionada, Delisiée resolveu desabafar.
“Não
foi por um bom motivo. Ai meu Deus do céu… Será que eu vou falar isso?!”,
disse. “Eu saí da Globo porque houve um pedido do Schroeder para saber se eu
queria ficar ou sair. Mas eu saí por causa de outro diretor. Ele estava me
perseguindo há quatro anos. Eu liguei um dia chorando para o Emanuel Castro
dizendo que não conseguia mais pisar na Globo, e ele acabou me dispensando
naquele mesmo dia”, completou.
Emanuel
Castro era o diretor do SporTV, na época, enquanto que Carlos Schroeder era
diretor de jornalismo da Globo. O nome desse outro diretor, que teria a
perseguido, ela não quis revelar. Ainda à reportagem do UOL, Delisiée
afirma que espera que o seu relato ajude a outras mulheres que passam por
situações similares. Essa foi a primeira vez que ela falou publicamente sobre o
assunto.
Delisiée
também contou na entrevista que ela chegou a passar por uma situação
desagradável no banheiro da emissora, antes do assédio do diretor.
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“Entrei
no banheiro e tinham umas meninas que trabalhavam na Globo que ficara quietas
[quando entrei]. Eu já estava sentindo aquele clima estranho na redação, porque
elas não falavam comigo. Ai perguntei se tinha feito alguma coisa para que me
evitasse e não falassem comigo. Uma das produtoras respondeu de forma direta e
bem chula: ‘Já que você está perguntando, então vou falar. Pra quem você deu
para estar aqui? Você roubou o lugar do Tadeu Schmidt'”, contou.
Apesar
do clima pesado, ela diz que continuou trabalhando. “Aquilo foi um baque para
mim. Eu dei uma balançada na minha estrutura emocional, porque não tinha amigos
para me defender, mas segui até o fim. Tanto é que fui a repórter mulher em
Atenas que mais emplacou matérias no Jornal Nacional. A gente tinha um ranking,
e eu fiquei em primeiro”, lembrou.
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