O analfabetismo no Brasil atingia 17,2% da população. Em 2009 ainda afeta 9,6% dos brasileiros. São números do PNAD, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE. Caiu, é boa notícia, principalmente em véspera de eleição, afinal, desde a Constituição de 1988 analfabeto também é eleitor. Mas duas décadas para isso?
Em números absolutos são mais de 14 milhões de analfabetos, a maior parte com mais idade. Mas a solução não é só a pessoa aprender a desenhar o nome e depois conseguir ler alguma coisa. O problema é transformar o iletrado e desinformado em letrado e formado.
Se o letrado com curso superior não sabe a diferença entre isso e aquilo, imagine quem apenas se alfabetizou, mas é alienado, desinformado, não lê. E não sabe pensar.
Diante do horário eleitoral as pessoas estão reclamando da qualidade dos candidatos, depois vão reclamar da qualidade dos eleitos. Mas democracia é isso, é a vontade da maioria. No momento em que a maioria for beneficiada por uma revolução na educação que aguce a curiosidade, a leitura e o raciocínio a vontade desta maioria nas urnas terá resultados diferentes.
É por isso que educação liberta. Porque transforma vassalos em cidadãos com vontade própria. Mas será que os políticos querem isso. Será que o país realmente quer se libertar dos que não têm conhecimento. Porque na outra eleição presidencial o candidato que teve a educação como base teve 2% dos votos.
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