Do
GNotícias,
Sábado,
06 de ago. de 2014 (11:33:34)
A
tentativa de Dilma Rousseff (PT) de se aproximar dos evangélicos não
sensibilizou os principais líderes das igrejas no país, diz a imprensa
internacional.
Quando
Marina Silva divulgou uma errata nas questões ligadas à militância LGBT, parte
dos ativistas gays declararam que a candidata do PSB não receberia mais seu
apoio. Na ocasião, Dilma aproveitou para dizer que num eventual segundo
mandato, trabalharia pela aprovação de um projeto de lei similar ao PLC 122,
arquivado em 2013 no Senado.
A
postura de Marina reaproximou os líderes evangélicos que haviam ficado receosos
com o programa de governo divulgado inicialmente, enquanto que a tentativa de
Dilma capitalizar em cima do episódio, terminou por afastá-la ainda mais dos
evangélicos.
“Dilma
está mais perdida que cego em tiroteio. Ela acende uma vela para o diabo ao
mesmo tempo em que acende uma vela para Deus. Isso não dá”, afirmou o pastor
Silas Malafaia, em entrevista à BBC.
O
pastor disse à emissora britânica que a proposta de Dilma sobre a
criminalização da homofobia desrespeita o que o Poder Legislativo decidiu
recentemente, e que a tentativa de atrair o voto dos evangélicos com o
incentivo à Lei Geral das Religiões é, na verdade, um insulto: “Ela está
pensando que os pastores são otários. Durante quatro anos o PT lutou contra
todas as nossas crenças, valores e princípios, e agora querem o apoio do povo
evangélico?”, questionou.
Tratado
como uma espécie de porta-voz da liderança evangélica pela BBC, Silas Malafaia
disse que não está com essa “bola toda”, e que a alteração do programa de
governo de Marina Silva no capítulo LGBT foi uma coisa natural. Malafaia
aceitou como válidas as explicações dadas pela candidata: “O comitê LGBT do PSB
exagerou na dose e Marina não leu o texto antes de sua publicação”, disse o
pastor.
Esse
episódio também foi visto pelo apóstolo Paulo de Tarso como uma situação normal
de campanha, em que muitas coisas acontecem ao mesmo tempo. O líder da Igreja
Betlehem, de São Paulo, afirmou que o fato decorreu de uma “desorganização
natural” no comitê da candidata após a morte de Eduardo Campos.
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