sábado, 6 de setembro de 2014

Líderes cristãos recusam aproximação de Dilma Rousseff: “PT perdeu a credibilidade”


Do GNotícias,
Sábado, 06 de ago. de 2014 (11:33:34)

A tentativa de Dilma Rousseff (PT) de se aproximar dos evangélicos não sensibilizou os principais líderes das igrejas no país, diz a imprensa internacional.

Quando Marina Silva divulgou uma errata nas questões ligadas à militância LGBT, parte dos ativistas gays declararam que a candidata do PSB não receberia mais seu apoio. Na ocasião, Dilma aproveitou para dizer que num eventual segundo mandato, trabalharia pela aprovação de um projeto de lei similar ao PLC 122, arquivado em 2013 no Senado.

A postura de Marina reaproximou os líderes evangélicos que haviam ficado receosos com o programa de governo divulgado inicialmente, enquanto que a tentativa de Dilma capitalizar em cima do episódio, terminou por afastá-la ainda mais dos evangélicos.
“Dilma está mais perdida que cego em tiroteio. Ela acende uma vela para o diabo ao mesmo tempo em que acende uma vela para Deus. Isso não dá”, afirmou o pastor Silas Malafaia, em entrevista à BBC.

O pastor disse à emissora britânica que a proposta de Dilma sobre a criminalização da homofobia desrespeita o que o Poder Legislativo decidiu recentemente, e que a tentativa de atrair o voto dos evangélicos com o incentivo à Lei Geral das Religiões é, na verdade, um insulto: “Ela está pensando que os pastores são otários. Durante quatro anos o PT lutou contra todas as nossas crenças, valores e princípios, e agora querem o apoio do povo evangélico?”, questionou.

Tratado como uma espécie de porta-voz da liderança evangélica pela BBC, Silas Malafaia disse que não está com essa “bola toda”, e que a alteração do programa de governo de Marina Silva no capítulo LGBT foi uma coisa natural. Malafaia aceitou como válidas as explicações dadas pela candidata: “O comitê LGBT do PSB exagerou na dose e Marina não leu o texto antes de sua publicação”, disse o pastor.

Esse episódio também foi visto pelo apóstolo Paulo de Tarso como uma situação normal de campanha, em que muitas coisas acontecem ao mesmo tempo. O líder da Igreja Betlehem, de São Paulo, afirmou que o fato decorreu de uma “desorganização natural” no comitê da candidata após a morte de Eduardo Campos.

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