A personal trainer Lana Pessoa, 31, antes (esq.) e depois
de colocar o implante. Ela ganhou massa muscular e barriga tanquinho
Do, Bol
Terça-feira,
04 de abril de 2017 (21:59:00)
Conseguir se livrar dos incômodos da menstruação, como
cólicas, inchaço e TPM, é desejo de muitas mulheres. Imagine se isso vier
acompanhado de emagrecimento, combate à celulite, aumento da libido e
disposição para malhar. O pacote de benefícios levou ao aumento da procura pelo
"chip da beleza", um implante hormonal subcutâneo que pode ter
efeitos colaterais e gera controvérsias entre os médico.
O "chip da beleza" não é fabricado no Brasil por
nenhum laboratório da indústria farmacêutica e não é comercializado em
farmácias comuns. Ele é fabricado por laboratórios de manipulação a pedido
do próprio médico que indica o implante. A maioria das
"chipadas", como são conhecidas as adeptas, são modelos, atrizes e pessoas
ligadas ao universo fitness, como blogueiras
e personal trainers, que buscam um corpo definido.
O principal composto do chip é gestrinona, um derivado da
progesterona, cuja principal finalidade é ser um anticoncepcional. "O
efeitos estéticos, como a substituição da gordura corporal pela massa magra,
são benefícios extras", afirma o ginecologista Rodrigo da Rosa Filho, da
clínica Mater Prime, em São Paulo, que indica o implante a algumas de suas
pacientes.
O "chip" é um tubinho fino, de silicone,
que tem entre 3 a 5 cm, e sua colocação é simples, com anestesia local e uma
microincisão na região da nádega. "Não dói e nem incomoda, mas pode ser
retirado a qualquer momento se a paciente não se adaptar", afirma o
médico, que viu a procura pelo chip aumentar cerca de 30% nos últimos três anos
em seu consultório.
O médico explica que o implante interrompe a menstruação e
pode ser colocado em mulheres de 18 a 45 anos que queiram evitar a gravidez,
desde que não tenham histórico de trombose, câncer de mama, estejam na
pré-menopausa ou sejam portadoras da síndrome dos ovários policísticos. O
procedimento dura seis meses e custa, em média, R$ 3 mil.
Faltam estudos sobre riscos do 'chip'
Apesar dos benefícios que promete, há muita polêmica
envolvendo o "chip da beleza". O CFM (Conselho Federal e Medicina)
não recomenda o uso de implantes hormonais para finalidades estéticas...
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